“Quarto de despejo” no ouvido
Resenha do audiolivro “Quarto de despejo”, de Carolina Maria de Jesus, lançado em setembro de 2024 pela Supersônica, com narração de Tatiana Tiburcio e direção de Daniela Thomas, realizada pelo jornalista Guilherme Wenerck para o Meio.
Se existe uma literatura periférica brasileira, é por conta dos caminhos abertos por esse livro, que hoje é adotado em escolas, mas que durante muito tempo foi alvo de críticas, justamente pelo que ele tem de melhor, a tradução fiel da oralidade daquele tempo. E, claro, também alvo de preconceito. Muito críticos atribuíram ao jornalista Audálio Dantas, que fez a ponte para a primeira edição, a escrita do diário de uma favelada.
Uma coisa muito legal da versão que sai agora pela Supersônica é justamente a possibilidade de fazer com que a obra de Carolina possa transitar também para quem está mais acostumado a ouvir histórias do que a lê-las. Além do cuidado da editora em criar uma experiência única a partir dos textos que resolve licenciar. Para isso, há não só uma busca pela voz, como uma direção cuidadosa.
Para a escrita do texto, Guilherme Werneck entrevistou as sócias Maria Carvalhosa (editora) e Mariana Beltrão (diretora executiva) em uma conversa sobre o primeiro ano da Supersônica e os planos para o futuro.
Uma preocupação que a Supersônica tem – e imprime em seus audiolivros – é de encontrar o tom certo para cada obra […]. Com pouco mais de um ano, a Supersônica já lançou 18 títulos, sempre usando o mesmo método de escolher um ator e um diretor para gravar a obra.
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